Como a recuperação judicial pode ajudar empresas
- atendimento25268
- 12 de set.
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A recuperação judicial e a falência são temas cada vez mais presentes no ambiente empresarial, especialmente diante das incertezas econômicas. A primeira tem se mostrado um instrumento essencial para evitar o colapso de empresas em dificuldades financeiras, permitindo sua reestruturação e a continuidade das atividades. No entanto, o sucesso desse mecanismo depende de diversos fatores, incluindo um planejamento eficaz e o apoio dos credores. Diversas companhias recorreram ao processo. Entre os casos mais emblemáticos está o da Americanas, que entrou com o pedido de recuperação judicial em 2023 após a descoberta de inconsistências contábeis bilionárias. Outra empresa que atualmente atravessa a recuperação judicial é a Oi. A empresa de telefonia assinou a venda da unidade produtiva isolada de fibra ótica, ClientCo, para a V.Tal por R$ 5,7 bilhões.
Segundo Abimael Carvalho, vice-presidente da Comissão Especial de Recuperação Judicial e Falência da OAB/CE, o caso da Americanas revelou falhas na governança corporativa e acendeu um alerta sobre a importância da transparência contábil. “A recuperação judicial da Americanas foi um dos processos mais complexos dos últimos tempos, demonstrando a necessidade de um acompanhamento rigoroso por parte dos órgãos reguladores”, afirma Abimael.
Outra empresa que recentemente passa pelo processo é a cearense Ducoco, tradicional marca do setor de alimentos e bebidas, que buscou reestruturação financeira para garantir a continuidade de suas operações. Sobre esse caso, Neto Almeida, advogado especialista em recuperação judicial da Almeida Abreu Advocacia, aponta que empresas desse segmento enfrentam desafios específicos, como a volatilidade do preço dos insumos e a forte concorrência. “A Ducoco precisou adotar medidas estratégicas para manter sua competitividade e, ao mesmo tempo, honrar seus compromissos financeiros. A recuperação judicial, quando bem estruturada, pode proporcionar um novo fôlego para empresas desse porte”, explica Neto.
De acordo com Abimael Carvalho, empresa do setor siderúrgico também passaram por oscilações, por do mercado e altos custos operacionais, tornando essencial um plano de reestruturação eficiente. “O sucesso da recuperação judicial depende não apenas da renegociação de dívidas, mas também de uma estratégia de gestão que permita à empresa recuperar sua capacidade produtiva e manter sua competitividade no mercado”, ressalta Abimael.
Legislação
Além dos desafios específicos de cada empresa, ambos os especialistas concordam que a legislação brasileira sobre recuperação judicial evoluiu significativamente nos últimos anos, proporcionando mecanismos mais eficientes para a reestruturação de empresas. “Ainda enfrentamos desafios, como a morosidade do processo e a resistência dos credores”, destaca.
Neto Almeida enfatiza que a decisão de recorrer à recuperação judicial deve ser tomada com base em uma análise criteriosa da viabilidade econômica da empresa. “Muitas empresas enxergam a recuperação judicial como um alívio imediato, mas é fundamental entender que esse processo exige planejamento estratégico e compromisso com a reestruturação financeira. Sem um plano bem estruturado, a recuperação judicial pode acabar se tornando apenas um adiamento da falência”, alerta.
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